Durante um ano, sensivelmente desde a abertura deste blogue, mantivemos uma sondagem sobre o que os leitores julgavam deveria melhorar em Cinfães: se as vias de comunicação, se a cultura, se a saúde, se o entretenimento ou o emprego. Em tempos de crise, é natural que a falta de emprego suscite a preocupação de muitos cinfanenses. O que é, de certa forma, incompreensível, é que as estradas continuem a liderar a lista de queixas. Hoje em dia o município está razoavelmente servido de boas vias de comunicação, praticamente todos os lugarejos têm acesso viário, seja por asfalto, seja por empedrado. Talvez o acesso regional ao concelho não seja tão bom como isso, mas é impossível lutar contra a geografia e, como se compreende, não pode haver vias rápidas e auto-estradas para todos os lugares. O país já está estragado e taxado que chegue. Curiosamente muitos se esquecem que, se as estradas trazem progresso, também ajudam ao esvaziar de capital humano… Em relação ao facto do interesse na cultura se encontrar mesmo antes mesmo da saúde e do entretenimento, revela, quanto a nós, que os cinfanenses parecem despertar para a necessidade de promover, conhecer e defender o seu próprio património. De facto, numa região cada vez desprovida de infraestruturas industriais, o turismo é uma forma de prender capitais. Só com um património digno de apresentação e com mensagens turísticas claras, concisas e pedagógicas conseguiremos esse elã. O blogue História de Cinfães é a nossa contribuição para esse desígnio. Obrigado a todos os que nos acompanham.
Nuno Resende
Nuno Resende, Historiador
Nasceu na vila de Cinfães em 1978