O nome Cinfães.

Uma leitora do site “História de Cinfães” questionou-nos sobre porque razão se escreve Cinfães e não Sinfães. De facto a segunda grafia foi, sobretudo, utilizada no século XX, nas variantes Sinfães e Sinfains. Mas erróneamente, já que vinha cortar com uma tradição etimológica medieval e moderna: em 1258, Cinfaes, em 1527, Cynfanes, etc. É com “c” que se faz este topónimo. Passemos a palavra ao etimologista e toponomista, o Doutor A. Almeida Fernandes:

Cinfães: O povoamento nos inícios nacionais, ou seja, de que resultou a povoação actual, fez-se por casais e deu o “burgo”, como a Cinfães (Sinfães é escrita errónea) se chamava, hoje a vila desde esse tempo. A origem mais longínqua é uma “villa” Qiff(i)anis, de Qiff(il)a, tendo a nasal final provocado a nasalação, Qin-, que é a que hoje temos, Cin- sobre o concelho e a vila, ver o meu art. Gr.[ande] Enc.[iclopédia Portuguesa e Brasileira], vol. 29, pp. 149-160. (ver 1258 IS 972: ” ecclesia de Cinfanes de terra de Sancto Salvatores” estava sob o padroado das ordens do Tempo e do Hospital”, e lê-se em IS 973 que “quintana de Sancta Ovaya (Eulália) e “villa de Egregioo et villa de Tuberaes et Portela et Casali et villa de Berudi et Villa Nova et Lauredo de Matto et Lauredo de Jusao et Lauredo de Susao et villa de Cinfaes fuerunt de honor de donno Menendo Moniz” (D. Mem Moniz irmão de Egas Moniz, que com ela compartia segundo as inquirições de 1288. [….]

FERNANDES, A. de Almeida – “Povoações do Distrito de Viseu (origens). Cinfães. Beira Alta, Assembleia Distrital de Viseu, Viseu, vol LXI (2002), 14.

About the author

Nuno Resende, Historiador
Nasceu na vila de Cinfães em 1978

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