Património que se perde.

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Em 2004 “descobrimos” a quintã de Paredes (f. Oliveira do Douro), ou o que restava do edifício medieval foreiro à Comenda de Gundar (c. Amarante), provável herdeiro de uma torre senhorial que aqui existia. Passados oito anos, constatamos (embora nos fosse difícil reconhecer o edifício, tais as modificações que sofreu) que tinha sido ferozmente alterado: ao gracioso patim sucedeu um volumoso “contentor”, acrescentados vãos, fechadas as juntas e (pasme-se) cimentadas as arestas limadas ou biseladas que datavam esta estrutura do século XVI – uma das poucas ainda existentes em território cinfanense. Não julgamos os seus proprietários, legítimos executores das obras. Mas talvez com um pouco de pedagogia por parte das autoridades que gerem e fiscalizam o património este crime urbanístico, histórico e cultural pudesse ser evitado. Infelizmente as entidades governamentais portuguesas continua a deixar desaparecer as únicas indústrias que podem ajudar  reverter o caminho para a crise: a Cultura e o Turismo.

About the author

Nuno Resende, Historiador
Nasceu na vila de Cinfães em 1978

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