TRAVANCA é uma das 14 freguesias actuais do município de Cinfães e situa-se na margem direita do rio Paiva, que a delimita a poente, sendo as restantes demarcações por terra entre as freguesias de Souselo, Moimenta e Fornelos, do mesmo município. É também uma das freguesias mais distantes à sede de concelho, situada a 22 quilómetros, à qual os seus habitantes chegam, por carro, em cerca de 30 minutos. Por outro lado, dista da vila de Castelo de Paiva, sede do município vizinho cerca de 7,9 quilómetros.

Dada a multiplicidade de lugares e freguesias com o mesmo nome em Portugal, tem sido designada Travanca do Douro[1]. No século XVIII dizia-se «Travanca do Douro, da Provincia da Beira». Pinho Leal sugeriu que lhe chamasse Travanca do Paiva, pela proximidade a este rio, mas nunca assim foi conhecida, nem por Travancas, como ele refere e como se lê noutras obras que copiaram este autor, nem sempre rigoroso nas suas afirmações[2].
Até 1855 Travanca integrou o termo do vasto município de Sanfins da Beira, que tinha as suas casas de audiências, ou paços do concelho em Piães e o pelourinho em Nespereira. Mas foi sempre uma freguesia com notável importância no contexto diocesano, como se depreende pela titulatura: abadia, cujo padroado (direito de apresentação do pároco e usufruto de rendimentos) era disputada entre a Mitra (a casa e jurisdição do Bispo) de Lamego e pelo Mosteiro de Alpendurada[3]. Rendia mais de meio conto de réis (600 mil) e talvez daí viesse a apetência pelo controlo da abadia, disputada pelos monges, pelo bispo de Lamego e pelo próprio Rei.
A patrona de Travanca do Douro foi, e é, Santa Leocádia, sinal da antiga cristianização do lugar, pois trata-se de uma invocação que recorda uma mártir do século IV, supliciada em Toledo, durante as perseguições do imperador romano Diocleciano. Estes mártires ibéricos, como Pelágio, patrono de Alhões, ou Acisclo, patrono de uma das antigas freguesias de Nespereira (na sua versão popular Santo Irício), podem indicar a existência de comunidades cristãs aqui implantadas sob o domínio árabe, entre os séculos VIII e X.

Os limites de Travanca (ver o mapa acima) devem ter-se mantido praticamente inalteráveis desde a Idade Média, englobando os principais lugares de Costa, Gatão, Ortigosa, Outeiro, São Pedro, Souto e Travanca, elencados no Numeramento[4] de 1527 e, em 1758, já os «novos» lugares ou quintas de Bateira, Carvalha, Conchada, Lameirão, Levada, Loureiro, Passo, Quinta e Ribeira[5]. No século XX indicam-se-lhe mais os lugares de Aperral, Bega, Biscaia, Carril, Carvalha, Cruz, Eiras, Fragas, Herdade, Paredes, Pedreiras, Ribeira, Santa Isabel e Valado[6]. Como refere o autor desta lista, Américo Costa, em 1948, Travanca era então «vulgarmente conhecida na região por freguesia dos fidalgos» o que se deveria não tanto à multiplicidade de casas ou famílias nobres ali residentes ou dali naturais, mas pelo destaque que algumas possuíram no século XIX, como os Soares de Albergaria.
À história de Travanca estiveram ligadas as vidas de duas curiosas mulheres, irmãs, chamadas Maria Soares de Albergaria e Berta Soares de Albergaria. Eram ambas filhas de José Soares de Albergaria, militar destacado para França por ordem de Junot em 1807. Embora este militar fosse natural da Rede, próximo à Régua, viveu em Travanca e aqui criou os seus filhos (nascidos em França), nomeadamente aquelas duas meninas que tiveram destinos diversos e muito comentados pela literatura da época.
A primeira casou, como refere Pinho Leal, com um tenor italiano, «intitulado Conde de Monte Merli» foi escritora e mulher elegante dos salões europeus. A segunda foi esposa de António Peixoto Coelho Padilha Seixas Harcourt, sobre quem o mesmo escritor e autor da obra Portugal Antigo e Moderno conta que, sendo grande nobre, «senhor de Fermedo, Felgueiras e outras terras» e «depois de vender toda a grande casa que herdou dos seus maiores, fugiu para o Brasil onde se fez cocheiro e hoje é médico raspaillista em Montevideu»[7]. A casa dos Soares de Albergaria tomava o título de Travanca, mas outras havia na freguesia, a saber: a quinta do Loureiro (dos Castros Soutomaiores); a de Miragaia (dos Carneiros Rangéis)[8], a do Valado, pertencente aos Tameirões e as do Souto e dos Camelos. Do Valado tiraram o título os Barões com solar em Espadanedo, de quem já falamos na entrada relativa a esta freguesia.

Para além das capelas que existiam nas quintas do Loureiro (dedicada a Santo António), Souto (São José), Miragaia (Santa Eufémia), na dos Camelos (São João Baptista)[9], e da Costa (São José)[10] existia e persiste ainda a ermida-santuário de Santa Isabel que, em 1758, o abade de Travanca, Jorge Garcês de Andrade, descreveu nestes termos:
A «Ermida, ou capela de N. Senhora da Visitação a Santa Isabel. Tem um só altar, em que está N. Senhora e S. Isabel, as quais obram um milagre frequente, e ordinário, que é dar leite de criação às mulheres que criando seus filhos lhe falta, e a ela permitem, e vêm em Romagem trazendo lhe de oferta algum Sal; E a ela vem em Romagem em procissão, algumas freguesias Vizinhas»[11].

A ermida, de provável fundação medieval, foi ampliada em 1760, como se comprova pela data sobre o lintel da porta. Tem um retábulo joanino (figura 3), estragado por maus restauros. No interior jaz, ainda (pelo menos desde 2006 quando a visitámos) uma importante escultura da Virgem com o Menino em pedra calcária, obra do século XIV, de formas contidas mas com características que já adivinham o modo de fazer gótico: figuras esguias com mãos e dedos compridos e posições serpentinas.

Lugar de passagem e de cruzamento de antigos caminhos (hoje estradas) fazia-se aqui feira anual, no mês de Julho, com arraial e festa, cujos vestígios ainda permanecem no largo de frondosas tílias e numa antiga venda hoje convertida em café (figura 4), mesmo em frente à capela ou ermida-santuário.
A Igreja paroquial, isolada, só com a sua residência, como no-la descreve o mesmo abade setecentista, tinha naquele tempo três altares: o maior, com a patrona Santa Leocádia, São José, Santa Ana, São Sebastião, Santo António, Santo Inácio Bispo e o Menino jesus e dois colaterais, um à direita com Cristo Crucificado e outro, oposto, com as imagens de Nossa Senhora da Conceição, do Rosário e Santa Luzia. Tantas invocações relacionadas com a fertilidade, sucesso dos nascimentos e a prosperidade da vida, evidenciam bem a preocupação destas comunidades na escolha dos seus patronos e advogados.


A actual igreja corresponde a uma nova construção diversa da medieval, no lugar e na orientação. De facto, estamos perante um edifício com linguagem barroca, edificado entre 1777 e 1806, quando esse estilo estava já fora de moda a nível europeu. A pobreza dos fregueses, a quem competia subsidiar esta obra e a morosidade da mesma devem ter levado à utilização de modelos de gosto ainda em voga no interior português e adequados à capacidade económica da comunidade. A lhaneza da fachada em que se abrem porta e janelão ambos de arco abaulado, só é animada por uma cimalha recortada por desenho curvilíneo e sinuoso, interrompido, e ladeado por pináculos em forma de pêra, que se repetem nos cantos do topo da torre sineira e nos topos das extremidades dos corpos da nave e capela (figuras 5 e 6).
Travanca é, dentre as freguesias de Cinfães uma das que mais despertou interesse aos estudiosos do século XX, graças aos artigos de Abílio da Costa Brochado, para a Revista Douro Litoral. Publicados entre 1954 e 1956, resultaram, depois, num livro intitulado «A Freguesia de Travanca do concelho de Cinfães. Apontamentos para a sua História» (figura 7) [12].

Abílio Augusto Ferreira da Costa Brochado foi escritor e director da Biblioteca Municipal de Matosinhos. Tendo casado com Maria José Machado de Menezes, descendente de famílias de São Cristóvão de Nogueira, ligou-se afectivamente à região de Travanca e a esta dedicou alguma atenção ao longo da sua vida literária, estudando-lhe a documentação da época moderna, de cariz religioso, de que que reproduz extensos trechos no seu trabalho[13]. Ainda que comungue do espírito nacionalista do estado novismo com que estava comprometido, para se conhecer a História mais recente desta freguesia, nomeadamente a das suas quintas e casas, capelas, igreja e párocos, importa consultar esta obra, naturalmente com a devida crítica.
Para a História da Idade Média, é obrigatória a consulta da entrada Travanca, no volume 32 na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira[14] que deverá ser notável trabalho de investigação documental e toponímico da autoria de Armando de Almeida Fernandes e centra-se no estudo das famílias aqui implantadas com moradia ou com posses até ao século XIII, nomeadamente um certo Egas Moniz de Ortigosa.
Para o estudo da emigração em Travanca será curioso apontamento poético que o padre Vergílio Pereira recolheu nesta freguesia durante o seu périplo pelo concelho de Cinfães em busca da musicalidade popular:
Quem me dera um ai
Que se ouvisse na Baía!
Que o meu amor lá dissesse:
– Aquele ai p’ra mim seria…[15]
De facto como refere na sua obra Abílio Brochado, reportando-se ao seu tempo: «pena é que a nossa tradicional corrente de emigração de novo esteja a fazer carreira, desfalcando o país, como acontece em Travanca, com a saída de muitos dos seu filhos, que o trocam pelo estrangeiro, especialmente pelo Brasil, uns levados pelo seu espírito de aventura, outros pelas dura dificuldades da sua via presente, que é muito mais lamentável ainda»[16].
De Travanca, como de outras terras impuseram-se alguns indivíduos pelo seu trabalho, fosse ele nas lides das letras, dos negócios ou da política. Entre estes destacam-se alguns de apelido Beleza. Como temos vindo a referir há localidades, aldeias ou freguesias de Cinfães às quais se associam historicamente certos sobrenomes: os Barbedos, nas Pias, os Resendes, em Tendais, os Amarais, os Brochados, os Campelos, os Camelos, etc.
Abílio Brochado conta como chegaram os Belezas oriundos do Porto e de Matosinhos, a Travanca, resultado de um casamento amaldiçoado: D. Maria Rita Beleza, filha de João Beleza de Andrade e de sua mulher D. Rita Bernardina, moradores na cidade do Porto, casou à revelia dos pais com Raimundo Joaquim de Vasconcelos, homem inferior socialmente à sua esposa. Vieram habitar a casa da Costa, em Travanca, deixando descendência com os apelidos Beleza de Vasconcelos[17].
Dois deles foram o professor José Teixeira Beleza de Vasconcelos e seu filho, também professor, Anselmo Vieira Beleza de Vasconcelos. Neto deste de José Teixeira Beleza de Vasconcelos foi o conhecido musicólogo brasileiro Ary Vasconcelos (1926-2003)[18].
Desta família foi também Aníbal Pereira Peixoto Beleza, advogado e autarca em Oliveira de Azeméis, nascido em Travanca em 1876. Formou-se em Coimbra em 1902. Era filho de Era filho de Constantino Camilo Beleza Vasconcelos e de Maria Cândida Pereira Peixoto. Aquele Constantino, também formado em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1864, era filho do supracitado Raimundo Joaquim de Vasconcelos e de sua mulher Maria Rita Beleza.
Pinho Leal faz, ainda, referência a outro famoso natural da freguesia, chamado José Pinto da Silva Tameirão, «que foi tenente coronel e comandante do batalhão dos voluntários de Sinfães, ao serviço da Junta do Porto, entre 1846 e 1847»[19]. Trata-se da referência ao episódio da Patuleia, que opôs partidários da Carta, como o referido Tameirão a uma plêiade de dissidentes miguelistas, da extrema-esquerda política (conhecidos como Setembristas), entre outros, e cujo conflito foi sanado pela convenção de Gramido, a 29-6-1847. Talvez por ter estado do lado dos vencedores, José Pinto da Silva Tameirão tenha sido um dos últimos presidentes da Câmara Municipal de Sanfins da Beira, em 1853, como aqui referiu Paulo Jorge Leitão.

Uma última nota para a riqueza de Travanca que ainda hoje pode estar no Paiva. No século XVIII havia nesta freguesia 15 moinhos e nas águas daquele rio criavam-se «peixes miúdos de bom gosto; principalmente, bogas, barbos, trutas, e eirós menos», «e também algumas lampreias», como refere o abade Jorge Garcês de Andrade. Para além do Paiva cruza o território da freguesia um ribeiro chamado da Ortigosa, que desagua próximo ao lugar da Bateira (ou do Loureiral), e outro, pequeno, junto ao vau. Antes da construção da ponte da Bateira, em 1893, a única forma de atravessar o Paiva era através de uma barca no lugar do Carvalhal e a vau, como o topónimo atrás indica, fazendo caminho por zona de corrente menos perigosa e funda.
Hoje o Paiva é procurado para lazer, embora mais a montante e jusante, continuando as suas margens junto a Travanca quase tão incultas e desconhecidas como as qualificava o abade em 1758.
NOTAS
[1] Existem Travancas em Amarante, Feira, Mogadouro, Oliveira de Azeméis, Penacova, Vinhais, Armamar, baião, Carregal do Sal, Fafe, Ferreira do Zêzere, Guimarães, Macedo de Cavaleiros, Oliveira de Frades, Oliveira do Hospital, Arganil e São Pedro do Sul, entre outros lugares menores com nomes derivados ou semelhantes.
[2] LEAL, Augusto Barbosa Pinho – «Travanca». In LEAL, Augusto Barbosa Pinho, Portugal Antigo e Moderno. Lisboa: Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia, 1880, vol. 9, pp. 731-732. No volume 5 desta obra Pinho Leal engana-se e diz que Travanca era uma povoação da freguesia de Moimenta.
[3] No século XVI ainda era do padroado dos monges beneditinos de Alpendurada, como refere o Censual quinhentista. A demanda entre Alpendurada e a Mitra desenvolveu-se nos séculos seguintes, até à sua resolução (a favos dos monges) em 1781, como narra e documenta Manuel Pinto Bravo, cf. BRAVO, Manuel de Castro Pinto – Monografia do Extinto Concelho de Sanfins da Beira. Porto: [edição de autor], 1938, pp. 211-214
[4] COLLAÇO, João Tello de Magalhães – Cadastro da População do Reino (1527). Lisboa: [edição do autor], 1931, p.
[5] ANTT, Memórias paroquiais, Travanca, vol. 37, nº 101, p. 1067 a 107
[6] COSTA, Américo – «Travanca». In COSTA, Américo, Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular […]. A. Costa. Porto, Livraria Civilização, vol. 11, p. 837.
[7] O hoje refere-se a cerca de 1880, quando o volume do Portugal Antigo e Moderno que inclui a entrada «Travanca» foi publicado. Médico raspaillista equivale a dizer praticante dos ensinamentos de François Vicente Raspail (1794-1878), um cientista que divulgou muitas práticas sanitárias semelhantes às da homeopatia.
[8] Em 1949 capela e casa eram propriedade de José Cardoso da Silva, cf. RESENDE, Nuno; ALMEIDA, Eugénia Borges de, colab. – Um inventário em construção. Lamego: Diocese, 2006, p. 91 e 117. Mudou de mãos, desde a alienação da família fundadora, tendo sido recentemente ocupada com projectos de alojamento turístico.
[9] Em 1949 era de D. Maria Emília de Azevedo Coutinho, cf. Guimarães, Bertino Daciano R. S. – Cinfães. Porto: Junta de Província do Douro Litoral, 1954, p. 108.
[10] Em 1948, em 1949 e 1955 era de José Teixeira Beleza de Vasconcelos que também possuía a capela da casa do Loureiro, cf. RESENDE; Nuno; ALMEIDA, Eugénia, op. cit. P. 91 e 117.
[11] ANTT, Memórias paroquiais, vol. 37, nº 101, p. 1067 a 107
[12] Brochado, Abílio da Costa – A Freguesia de Travanca do concelho de Cinfães. Apontamentos para a sua História. Porto: Junta de Província do Douro Litoral, 1955-1956.
[13] Nomeadamente Livros de Visitações da freguesia, dos séculos XVII e XVIII, que o autor refere como «Documentos do Arquivo Paroquial de Travanca», provavelmente emprestados pelo padre Joaquim Pinto, como está anotado. Embora existam alguns destes livros presentemente depositados no Arquivo Diocesano de Lamego, há alguns anos (em 2005) adquirimos na Feira da Vandoma do Porto um livro de Visitações setecentista de Travanca, que temos em nosso poder para quem o necessite de consultar. Está bastante sublinhado por lápis de várias cores, sinal de que foi já «estudado».
[14] [S.a.] – «Travanca». In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa: Editorial Enciclopédia, Lda., [s.d.], volume 32, pp. 647-650.
[15] Pereira, Vergílio – Cancioneiro de Cinfães. Porto: Junta de Província do Douro Litoral 1950, p. 427.
[16] Brochado, Abílio da Costa, op. cit., p. 6.
[17] Brochado, Abílio da Costa, op. cit., pp. 28-29
[18] Talvez lhe viesse o gosto pela musicologia o receber esta herança genética, provinda de uma terra de músicos, bandas e cantadeiras: «O pequeno Ary ia em visita ao avô , o português José Teixeira Beleza de Vasconcelos , dono de uma Quinta em Travanca (Quinta da Costa )», cf. MORAES, Mario – A reportagem que não foi escrita. [S.l.], Gráf. Record, 1968, p. 237.
[19] LEAL, Augusto Barbosa Pinho, op. cit., p. 731.
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É importante citar (para não incorrer em transcrições plagiosas) e, também, saber citar. Como tal, para referir-se a qualquer artigo publicado neste sítio em-linha, seja em trabalhos escolares, académicos ou outros, deverá ter em conta os seguintes elementos:
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Ex.º: RESENDE, Nuno – «Giraldo Geraldes, o sem pavor». História de Cinfães, https://historiadecinfaes.pt/, consultado em linha em 17-10-2009.

Professor. Universidade do Porto. Portugal.
Gostei muito deste trabalho sobre a minha freguesia. No entanto surge-me uma dúvida. Nasci em Ortigosa no início da década de 50 do séc. passado e sempre foi registado no B.I. que pertencia à freguesia de Travanca. Quando da renovação do B.I. para Cartão de Cidadão e já na era das informações digitais não consegui manter o nome da freguesia de Travanca mas sim de Travancas.
Foi-me dito que a partir do início do séc. XX a freguesia era designada por “Travancas”. Estranho! Sempre fui de Travanca e agora não consigo alterar essa situação. Também não menos estranho é ninguém na freguesia ter dado pela alteração.
Tal como me aconteceu. Na renovação do c.c. trocaram Travanca por Travancas e o meu nome Luís, passou a ser Luíz.
Ainda apresentei reclamação, mas nada adiantou.
Travanca, a minha segunda terra, passei lá bons tempos, tenho família em Travanca pela parte da.minha esposa, vou muita vez ao cemitério, onde tenho os meus sogros, um abraço a todos.
Trabalho magnífico. Parabéns e obrigado. J.Luiz